Angoleiros

Na foto, mestre Olavo, os berimbaus e as histórias da Angola.

Foto e Texto: Victor Vieira
Ladainha: Mestre Olavo

"Menino preste atenção,
ao que seu mestre lhe ensina.
Cada um tem seu destino,
tô cumprindo a minha sina...

Maior é Deus.
Quem me criou."

A capoeira antiga de angola, mandinga mãe, tem a ensinar as tradições para esta gente daqui. Música e arte como expansão do eu. Dança da liberdade e do conhecimento de Salomão. A raiz da construção da história brasileira. Berimbau está me chamando, me chamando para jogar. Já peguei o atabaque, o agogô e o ganzá. Capoeira começou, não tem hora pra acabar.

Por motivos de procura reformulamos os horários de treino da capoeira angola.

Onde? Centro Cultural da Universidade Federal do Mato Grosso.

Quando? 2ªs, 4ªs e 6ªs- A partir das 17:30 com giro de turmas até as 22:00

Se aprocheguem!

AXÉ!

Relatando

foto e texto: Victor Vieira

A ternura na construção coletiva. A pratica constante e serena da humildade. Nos pensamentos e ações. É o fluir da vida, o girar da roda, sua necessidade de resistência, de expansão da consciência.

O homem aliado ao tambor pulsa cadências de vida.A capoeira antiga de angola, filosofia, é a sintonia entre as manifestações de santo de mandinga, do equilibrio voraz , da força em sua expressão, arte. Sintonia entre corpo, mente e espírito.

A união dos amigos pela música conseguiu fortalecer teias entre a comunidade e o tambor. Estas linhas que se cruzam fortaleceram a primeira oficina que instrumentalizou novos batuqueiros a percorrerem sua sina a zuarem os tambores pelas ruas quentes de Cuiabá.

Nas voltas que o mundo deu, construi-se uma familia, um lugar onde todos falam uma só lingua. Os processos se aliaram em respeito aos mestres e aos orixás. O grupo de percussão Batuquenaua agradece a participação de todos que suaram a camisa e sentiram a preseça de nego véio nos baques virados.

A caminhada é constante rumo as terras distantes. Sina de batuqueiro. De angoleiro. De capoeira. Nas voltas que o mundo dá, a gente há de se esbarra, você com um pouquinho d'eu. E eu um pouquinho do mundo.Maior é Deus. Quem me criou, camará.



Agradecimentos ainda, ao nucleo de capoeira antiga de angola; Quilombo Angola, Mestre Olavo, grupo Batuquenauá, ao Deus Sol e toda comunidade cuiabana.



AXÉ!

Mais informações, fotos e vídeos da oficina : www.batuquenaua.blogspot.com(Em breve)

Batuquenaua Apresenta

O nucleo de capoeira e cultura popular Quilombo Angola apoia as manifestações da cultura afro-brasileira e com o apoio do do grupo de percussão, ciranda e maracatu Batuquenauá apresenta:

OFICINA DE PERCUSSÃO: MARACATU
Dias 25 e 26 de outubro de 2008, à partir das 16h.
Local: praça em frente ao R.U. UFMT
Vagas Limitadas!


Venha conhecer o ritmo contagiante que inspirou Jorge Ben, Chico Science e Nação Zumbi, Gilberto Gil, Lenine entre outros artistas da musica popular brasileira.

E mais: Oficina de construção de Xequerê (abê)

NÃO PERCAM!

Informações: 65 -9232 7512 (Arthur - Ciências Sociaia)
65 - 9602 8879 e 8446 6913 ( Victor - Comunicação Social)
65 - 8125 1160 (Rica Recife)

batuquenaua@gmail.com
victorvieirajornalista@gmail.com

Treinos

Mestre Olavo, que em 2008 completa 40 anos de capoeira, repassa o conhecimento da capoeira antiga de angola vindo das mandigas dos negros e seus orixás. Atualmente existem seis nucleos de capoeira do grupo Quilombo Angola, sendo quatro na Bahia ( Morro do Chapéu, Capão, Chapada Diamantino e Salvador), dois em Mato Grosso ( Cuiabá e Barra do Garças).

Os treinos realizados em Cuiabá, a atual residência de mestre Olavo, acontecem as segundas e quartas feiras, no centro cultural da Universidade Federal do Mato Grosso, nas segundas as 18 e nas quartas as 19h.

Mais Informações- (65) 99272320
capoeiraquilomboangola@gmail.com
mestreolavomandinga@gmail.com

Mandinga

foto: Talita Andrade
texto: ladainha de domínio público

"Tava lá no pé da cruz,
fazendo minha oração.

Eis que aparece um capoeira
com a pintura do cão.

Me chamando pra jogar,
nao pude dizer que não...

É hora, é hora..."

Capoeira Antiga de Angola.

Ternura - Humildade - Consciência.

fotos e texto por: Victor Vieira

"O capoeira, quando vai sair pro jogo, entrega o corpo ao acaso e a alma entrega a Deus. Iê, Maior é Deus."

Foi por meio do tambor que o negro se conectou com Deus pela primeira vez. Neste jogo, entre a criatura e a criação, a música aliou os anseios de um povo a uma espécie de dança, alguns instrumentos improvisados e a necessidade de uma identidade, da fuga, da liberdade.
A harmonia rege a música, o universo. O ritmo esta batida ancestral gira na roda do mundo, na roda do tempo, na capoeira. O tambor escolhe seus batuqueiros no nascimento, cada qual tem sua sina. O tempo e o convento.
Nesse caminho ogãs são abençoados por orixas. Berimbau é mestre. No terreiro têm mandinga. Este é o meu destino. Vim pra conquistar.Sou capoeira. Sou angoleiro.Maior é Deus.